Durante meus anos acompanhando apostadores e estudando futebol, percebi que um dos maiores desafios sempre foi separar o que é realmente útil entre as estatísticas. Só por uma vez, tentei montar uma estratégia olhando absolutamente todos os números – acabei atolado em dados, sem decisão alguma. Por isso, hoje quero contar como, no dia a dia de quem quer criar estratégias mais inteligentes, conseguimos filtrar métricas, deixando o cenário claro e colocando cada aposta em seu devido lugar.
Nem tudo que é número, serve para o seu perfil.
Métricas fundamentais e irrelevantes: como diferenciar?
Se você já abriu algum painel de estatísticas de futebol, sabe o bombardeio de números: gols, assistências, escanteios, posse de bola, impedimentos, faltas, cartões. E muitos outros. Mas eu aprendi, às vezes pelo lado complicado, que o segredo está em saber qual métrica realmente se conecta com o mercado em que você quer atuar.
De modo geral, eu separo em dois tipos:
- Métricas fundamentais: São aquelas diretamente ligadas ao desempenho do jogo ou do desfecho do mercado analisado.
- Métricas irrelevantes: Números distantes daquele mercado específico, ou que pouca influência exercem sobre o seu resultado.
Vou contar um exemplo real: apostando em mercado de over/under gols, analisar “quantidade de escanteios” me deu pouquíssimo insight. Já “média de finalizações”, “xG” (gols esperados) e sequência de gols marcados fizeram total diferença em minhas análises.

Como escolher métricas para mercados populares
A escolha vai depender muito do perfil do apostador e de seu mercado-alvo. Eu sugiro sempre começar pelos campeonatos e partidas que você acompanha mais, tornando o processo menos abstrato e mais palpável, tal como oriento em conteúdos como “4 passos para criar estratégias de apostas eficazes”.
Mercado de gols
- Média de gols marcados e sofridos (em casa e fora): Forte indicativo do ritmo ofensivo e defensivo das equipes. Examine o recorte dos últimos jogos, não apenas a temporada inteira.
- Finalizações feitas e cedidas: Também chamo atenção ao volume de chances criadas. Muitas finalizações geralmente apontam um time agressivo, que busca o gol.
- xG (gols esperados): Uma das minhas métricas favoritas, porque elimina parte do acaso. Se um time costuma ter um xG alto, mesmo quando marca pouco, pode indicar tendência ao crescimento ofensivo.
Mercado de cartões
- Faltas cometidas por jogo: Equipes que batem muito buscam interromper o fluxo do adversário. Isso, na prática, gera cartões.
- Cartões recebidos por jogo: Obviamente, times que recebem muitos cartões estão mais expostos a punições, ótimo para quem mira mercados de cartões totais ou cartões para determinada equipe.
- Árbitro: Sim, dependendo do árbitro, a tendência de cartões sobe ou desce. Sempre olho para a média do juiz nos últimos jogos apitados.
Mercado de escanteios
- Finalizações bloqueadas: Um time que chuta muito, mas é bloqueado constantemente, pode gerar escanteios.
- Cruzamentos realizados: Há times que priorizam bolas aéreas, aumentando essa contagem.
- Posse de bola e pressão no ataque: Bem útil para identificar quando as equipes pressionam e jogam no campo do adversário, aumentando chance de escanteios a favor.
O ponto central, que aprendi com a experiência (e errando): métricas gerais raramente funcionam para todos os mercados.
Testando relevância das métricas na prática
Para mim, não existe maneira mais honesta de validar uma métrica do que simular ou rodar um backtest. Por exemplo, na plataforma RobôTip, o recurso de backtest permite pegar uma métrica – digamos “10+ finalizações cedidas por time visitante” – e analisar se apostar baseado nisso, recorrentemente, teve bons resultados em centenas de partidas passadas.
O processo geralmente é assim:
- Defina claramente a métrica a ser testada. “Time casa faz pelo menos 1 gol quando tem mais que 8 finalizações”.
- Monte uma estratégia simples baseada nesta métrica, definindo entrada e saída.
- Aplique sobre um volume grande de jogos, usando ferramentas como o backtest detalhado RobôTip.
- Observe resultados. Se houver consistência, mantenha. Se não, descarte ou ajuste a métrica. Simples assim.
Valide antes de apostar dinheiro de verdade.
Não é vergonha nenhuma ajustar as métricas ou abandonar números que não fazem sentido para o seu perfil. Pelo contrário, mostra maturidade e autoconhecimento apostador.
Como identificar se uma métrica é irrelevante para seu perfil
Gosto de me perguntar: esse dado realmente muda meu cenário? Vou te dar minha checklist pessoal:
- É um número facilmente influenciado pelo acaso?
- Tem baixa repetição ou regularidade histórica?
- Está distante do desfecho do mercado que pretendo atuar?
- É um dado que pouca gente usa, só porque é “diferente”?
Se mais de uma resposta foi “sim”, sempre penso duas vezes antes de levar adiante. Por vezes, já cismei com métricas como “número de dribles de meio-campista”, achando que ali estava o ouro. No fim, vi que era só distração.

Como criar seu filtro personalizado de métricas
Na minha visão, o ideal é construir um filtro, agregando várias métricas que, juntas, se complementam. Inclusive, produtos como o marketplace de robôs e as IA’s da RobôTip permitem customizar quais números realmente serão acionados em suas estratégias: gols, cartões, finalizações, entre outros. Ao montar esse tipo de filtro, evito cair na armadilha do volume e busco sempre a qualidade.
Para montar meu filtro, geralmente:
- Listo possíveis métricas relacionadas ao mercado-alvo.
- Testo individualmente cada uma, buscando padrões (dica: veja mais sobre como identificar padrões ocultos nos dados).
- Combino as que performam bem, criando regras múltiplas.
- Volto ao backtest para validar o combo de métricas.
Esse trabalho contínuo de pesquisa, ajuste e filtragem, para mim, faz toda diferença entre apostas aleatórias e estratégias de longo prazo. Vejo ali o grande valor do que dezenas de clientes da RobôTip relatam.
Erros comuns na escolha de métricas
Cometi todos eles, então posso falar sem medo:
- Colocar métricas só porque “todo mundo analisa”.
- Ficar obcecado por dados recentes, ignorando históricos amplos.
- Misturar métricas contraditórias, como apostar em poucos gols, mas usando finalizações altas como base.
- Focar em “métricas de efeito manada”, como posse de bola extrema, sem checar o quanto isso gera resultado real.
É muito fácil cair na tentação de usar tudo ao mesmo tempo, mas sugiro sempre buscar aquelae métricas que, de fato, te fazem entender o jogo e o mercado.
Complementando o estudo de métricas
Não posso deixar de citar: a análise estatística, sozinha, não é o fim de tudo. Há outros fatores, como momento das equipes, desfalques, clima, que também pesam bastante. Por isso, minha pesquisa nunca é só fria nos números; tento entender contexto e manter um olhar sistêmico, aliado aos dados.
Para quem quer aprofundar ainda mais, recomendo o artigo sobre o que considerar na análise estatística de apostas esportivas e também sobre como identificar apostas de valor.
Mais vale um filtro simples bem testado do que dezenas de métricas aleatórias.
Conclusão
Eu sempre acreditei que o grande trunfo do apostador está, não em saber mais que todo mundo, mas em separar o útil do inútil. Aos poucos, com estudo, testando, errando e corrigindo, você constrói seu próprio filtro de métricas. Ferramentas da RobôTip vieram justamente para simplificar esse caminho, oferecendo backtest, marketplace de robôs, IA’s e gestão automatizada.
Se quer transformar sua relação com os dados e finalmente criar estratégias que realmente funcionam para você, recomendo conhecer o painel completo da RobôTip e experimentar alguns dos nossos robôs. O próximo passo do seu crescimento pode estar só a um clique de distância.
Perguntas frequentes
O que são métricas úteis em estratégias?
Métricas úteis são números diretamente ligados ao desfecho do mercado em que você atua, como média de gols em apostas de over, cartões para mercados disciplinares ou finalizações para gols. Elas aumentam as chances de previsibilidade, diferentemente de dados aleatórios ou distantes do objetivo da sua estratégia.
Como escolher as melhores métricas?
É preciso alinhar as métricas ao mercado desejado e testar historicamente se elas antecipam os resultados previstos. Prefiro sempre testar cada métrica no backtest, selecionando apenas aquelas que mostram padrões consistentes no longo prazo.
Por que métricas são importantes para estratégias?
Elas trazem clareza, reduzem o achismo e permitem decisões embasadas. Estratégias com métricas bem definidas têm mais possibilidade de desempenho estável e ajustável, já que qualquer falha ou distorção pode ser identificada a tempo.
Onde encontrar dados para minhas métricas?
Você pode usar plataformas que concentram dados estatísticos, como RobôTip, além de sites oficiais dos campeonatos e aplicativos de esportes. Recomendo também medir seus próprios dados, registrando apostas e resultados para cruzamentos futuros.
Quais métricas devo evitar usar?
Todas aquelas que não estão diretamente ligadas ao resultado do mercado escolhido ou que são raramente repetidas em históricos relevantes devem ser evitadas. Exemplos: número de dribles, lateralizações ou posse de bola quando o interesse real é finalização ou gols.


